sábado, 16 de junho de 2012

Cronica 1: O que pode me fazer feliz


Notícia de primeira página esta semana na internet: “A pobreza infantil não é monopólio dos países em desenvolvimento”, segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).Os relatos são serenos e não importa de onde venham: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Cidade do México, Nova Delhi, Nova Yorque, Londres, Paris, ou em qualquer cidade deste mundo.
Como se acabou em um barraco feito de papelão, plástico e tecido? "Cheguei a um abrigo aqui e daí conheci a droga e tudo isto, e já comecei a me drogar e a ficar na rua".
Bolinhas de papel branco impregnada em um solvente que eles chamam de "ativo", uma mistura de substâncias derivadas do petróleo com graves efeitos para a saúde, muito popular entre os jovens sem teto por causa de seu baixo custo e sua facilidade para consegui-lo, assim como do cristal, da maconha, do craque, e tantos outros que se tornam fácil adquirir após um furto, roubo...
É muito difícil ter números precisos e confiáveis sobre quantas crianças e jovens estão em situação de rua, por causa da particular invisibilidade e mobilidade que os caracteriza, segundo a Unicef, e a situação é sumamente delicada por causa das razões que se escondem por trás destes jovens sem lar, como falta de recursos, violência familiar, abusos e discriminação, e é imensa a necessidade de implementar políticas que ajudem as famílias a poder assumir seus filhos antes que abandonem sua casa.
Como é lutar e sobreviver no meio da indiferença?
Como chegar antes do dano? O que é normal e o que é patológico? A saúde, a vulnerabilidade, a proteção e a prevenção em níveis e desníveis que tornam às vezes muito difícil o trabalho do profissional terapeuta, educador, cuidador, enfim, aquele que convive com a criança e o adolescente com necessidades especiais de saúde, atenção, autoestima, aconchego, vínculo, alimentação, moradia, respeito, cidadania, identidade...
É preciso Sentir, Viver e Agir como se estivéssemos no lugar deste outro ser, para que assim as transformações aconteçam, produzindo, mesmo que lentamente, as multiplicações no universo da criança e do adolescente, para que ele semeie a cura em seu interior, em seu meio, unindo seus fragmentos e possibilitando um novo ser bio-psiquico-social-espiritual com prazer de estar e viver em sociedade.

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no oceano, mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota.  Assim, não devemos permitir que  alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”
 (Madre Tereza de Calcutá)
 por Sonia Pineda Vicente publicado em 09/06/12 em http://cursodegruposadolescencia.blogspot.com.br

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