domingo, 20 de setembro de 2009

DESCOBERTA - Sueli Fajardo


Voo no jardim
não explorado,
abandonado,
do seu coração.

Polinizo seus sentimentos
com o mover ritmado
de minhas asas.

Enfeito suas pétalas
com emoção e candura,
ao pousar sobre sua alma.

Estou na foto de domingo,
em seu álbum.
Há muito vazio,
preenchido, agora,
pelo pouso do amor
de uma borboleta.

(Enviado pela amiga Aliene)

SABER VIVER - Cora Coralina



"Não sei... se a vida é curta
ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
verdadeira, pura... Enquanto durar."


sábado, 19 de setembro de 2009

A MASSACRANTE FELICIDADE DOS OUTROS - Martha Medeiros


Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco

Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento". Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.

É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?

Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Não confunda uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Hoje


Não tenha pressa do amanhã e contemple o dia de hoje,
pois para o dia de hoje
basta o milagre do dia!

A mãe natureza


Há muito o que aprender na natureza;
ela está sempre com você,
sempre disponível.

A MORTE NÃO É NADA - Santo Agostinho



A morte não é nada.

Eu somente passei para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.

O que eu era para vocês,

eu continuarei sendo.

Me dêem o nome que vocês sempre me deram,

falem comigo como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,

eu estou vivendo no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene ou triste,

continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.

Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado como sempre foi,

sem ênfase de nenhum tipo.

Sem nenhum traço de sombraou tristeza.

A vida significa tudo o que ela sempre significou,

o fio não foi cortado.

Porque eu estaria fora de seus pensamentos,

agora que estou apenas fora de suas vistas?

Eu não estou longe,

apenas estou do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou,

siga em frente, a vida continua,

linda e bela como sempre foi.

domingo, 6 de setembro de 2009

NOSSOS PENSAMENTOS


O maior instrumento de poder de que se tem notícia
encontra-se dentro de nós:
o nosso pensamento.

Como a eletrecidade
o pensamento produz resultados
de acordo com o uso que se faz dele,

e estamos continuamente
interagindo com o cosmos
emitindo e recebendo vibrações
e assim criando nossas experiências.

Quando tomamos consciência
do poder de nossos pensamentos
abrimos as portas
das realizações de nossos desejos
mais profundos e mais secretos.

Somos energia
e esta energia transforma
nossas alegrias, tristezas,
emoções,

e se temos bons pensamentos
e nos mantemos ligados às energias positivas,
conseguimos relizar ações com
atitudes que nos levam à felicidade.

O universo funciona como um espelho
e tudo que emitimos e transmitimos
retorna pra nós,
e muitas vezes amplificado,

por isso cuide de seus pensamentos,
dê aquilo que você tem de melhor
e seja feliz!

sábado, 5 de setembro de 2009

DIA BRANCO

Dia Branco

Elba Ramalho
Composição: Geraldo Azevedo e Renato Rocha

Se você vier
Pro que der e vier comigo
Te prometo o Sol
Se hoje o Sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto, esse canto de amor




Se você quiser e vier
Pro que der e vier comigo
Se você vier
Pro que der e vier comigo
Te prometo o Sol
Se hoje o Sol sair
Ou a chuva
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto, esse canto, esse tão grande amor,
Grande amor,

Se você quiser e vier
Pro que der e vier comigo
Comigo
Comigo



É PRECISO SABER VIVER - Roberto Carlos


Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão.
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer.
É preciso saber vivier.

Toda pedra no caminho
Você pode retirar,
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar.
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher.
É preciso saber viver.
...
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver...

SER ANALISTA

O QUE É SER PSICANALISTA ?

Se é que é possível dizê-lo, valho-me de um decálogo provocativo de Jorge Forbes.

Ser Analista:


1. É valer mais quando não se é que quando se é.
2. É emprestar palavra, corpo e ser para ser feito do que se quiser.
3. É amar incondicionalmente, sem qualquer reciprocidade, na paixão da ignorância.
4. É chegar sem ser avisado, no lugar da surpresa ou da assombração.
5. É passar por esquisito, mal educado, chato, sem poder justificar.
6. É, trabalhando o bem, vir a ter horror do seu ato.
7. É poder ser paciente no lugar do Outro.
8. É não governar, nem educar.
9. É saber o que faz, quando não sabe o que diz.
10. É ter saudade sem reivindicar, quando se chega ao fim.

(extraído de um artigo de Jorge Forbes: Ser Analista)

Pensamento - Carlos Drummond de Andrade

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".

Carlos Drummond de Andrade

DE UM JEITO SÓ SEU

DE UM JEITO SÓ SEU
Fátima Irene Pinto
*


Há um jeito que é só seu de semear o bem.
Se tem sabedoria para falar, fale!
Há pessoas precisando de quem lhes rasgue
novos horizontes.

Se tem o dom de ouvir, ouça!
Há pessoas precisando falar para reorganizar
os pensamentos e sentimentos.

Se tem o dom de enxergar os talentos alheios, enalteça-os! Há pessoas que desabrocham por conta de alguém que lhes reconheça um dom.

Se tem o discernimento o bastante para fazer
uma observação construtiva, faça-a!
Há pessoas persistindo no mesmo erro,
por falta de alguém que as alerte com carinho e firmeza.

Se você não tem vocação para engajar-se em
movimentos filantrópicos de grande alcance,
tenha em mente que o maior bem a ser semeado
começa dentro do lar.

Oferte a sua canção, a sua poesia, a sua hospitalidade, aquele prato que ninguém sabe fazer igual. Oferte a sua diplomacia, a sua liderança ou a sua capacidade de atuar
em segundo plano para o bem comum.

Oferte o seu talento para contar piadas e fazer rir. A sua ternura natural no trato com
crianças, idosos ou animais. A sua capacidade de manter o sangue frio nas horas de crise, quando todos em sua volta desabam.

A sua paciência de permanecer num hospital ao lado de um enfermo terminal, ou de varar a noite num velório, naquela hora crítica em que todos vão embora.

Há um jeito que é só seu e todo seu, mesmo que seja ofertar uma flor sem ser dia de nada.
Mesmo que seja uma prece sincera feita
no silêncio do seu quarto.

Na contabilidade Divina, pouco importa se o seu jeito de semear o bem vai alcançar uma criatura
ou milhões de criaturas. Você está fazendo a sua parte, de um jeito que é só seu.
É isto que realmente importa!

*recebido da amiga Aliene

domingo, 12 de julho de 2009

Quanto de mentira existe nas verdades que você acredita?


reflexão: 'quanto de mentira existe nas verdades que você acredita?

Feliz Ano Novo?!


foto de Fernanda Pineda - fake-doll.com

Feliz Ano Novo?!

Dia 31 de dezembro. Quase todos os amigos foram viajar, as pessoas estão em festa, cinco minutos para meia-noite e as pernas tremem. Mil pensamentos na cabeça, a maioria deles sobre desejos de um ano que marque a vida com mudanças, que venha aquele emprego que nunca chegou que traga aquele romance inesperado ou uma viagem inesquecível, fogos explodem sob o céu cinzento da capital paulista.
Não sei quanto a vocês, mas todo ano novo eu independente de onde esteja, faço uma revisão do ano inteiro que passou, nesse período, meu humor fica alterado e minhas relações pessoais mais intensas, e especialmente no dia da virada, é só nos planos e desejos futuros que penso.
Se estou na cidade grande, estou triste por não estar na praia, se estou na praia, lembro da família que ficou na cidade grande.
Pois bem, nos aproximamos do meio do mês que marca o meio do ano. Resolvi desde janeiro adotar um método diferente esse ano. O de fazer essa revisão passada e marcar o não feito e os desejos futuros agora. É muito mais lógico do que em dezembro, não acha?
Até agora, fiz uma revisão da minha vida. Consegui mudar boa parte das minhas relações pessoais para melhor. Consertei algumas amizades que andavam fragmentadas, descartei outras que não valiam à pena cuidar. Cuidei das minhas expectativas quanto ao futuro e até adiei os cursos de língua pra mais tarde, isso faz parte do ajuste de buscar só fazer o que posso e não me cobrar de maneira sobrenatural como aconteceu no ano passado.
Atravessei o ano fazendo um projeto de trabalho, achei que ia dirigir uma associação que uma colega está fundando, achei melhor me re-posicionar e agora trabalho como consultor. Decidi “botar a mão na massa” em mais alguns projetos, estão caminhando e quem sabe no segundo semestre eu os apresente.
Li uns quatro livros dos vinte comprados até agora no ano. Dois me marcaram bastante, talvez tenham feito parte de uma reforma grande da auto-estima que venho buscando. Ainda penso naquela viagem para fora do país, mas ainda continuo com o medo limitante de avião e algumas outras barreiras pra enfrentar, prometi há um mês tirar o passaporte, como diz uma amiga “just in case”.
Baixei um pouco minhas ansiedades com agulhas espalhadas pelo corpo. Fiz o “vodu do bem”, quem freqüenta qualquer tipo de consultório médico por qualquer motivo deveria conhecer a acupuntura como tratamento.
Reformei meu quarto (não tenho certeza se fiz isso esse ano) e com a ajuda de bons amigos arranquei armários e angústias velhas e pintei paredes que descascavam.
Comecei a correr, de três a quatro vezes por semana, ainda não emagreci, mas voltei a gostar de acordar cedo e comer melhor, ainda planejo correr uma mini-maratona.
Parei de acusar o mundo pelas minhas limitações e dificuldades. Aprendi a acordar vendo cada dia como oportunidade de mudar tudo que quero. Estou trabalhando para aceitar que nós somos em grande parte responsáveis por nosso cotidiano, se reclamamos dele, algo está errado em nós.
Ainda tenho outros tantos projetos a cumprir. Luto contra o auto-boicote diariamente. Não conheço um ser humano que não procrastina de vez em quando um plano, um projeto, um desejo. Isso é meio que óbvio, já que quase sempre a cobrança é desleal, nossa e dos outros.
Estamos em julho, seis meses ainda virão pela frente. Vou passar essa semana trabalhando no que tenho e planejando o que ainda posso ou o que ainda der tempo de fazer, a contabilidade entre o prometido e o alcançado até agora está boa, se ela estiver perto do equilíbrio será bem possível que você consiga colocar uma quantia grande de paz em sua alma.
Trabalhe por si mesmo, cobre-se menos e faça mais, viva o fracasso como parte do aprendizado, não o supervalorize, nem a ele e nem ao sucesso. Com o tempo vemos que chegar ao sucesso e ocupar o lugar de sucesso são duas coisas diferentes, pense se você está preparado para ser tão bonito, tão rico, tão amado, tão culto, tão malhado, tão amigo, tão superior, tão...
Estamos em julho, seis meses do ano ainda vem pela frente. O que você vai fazer por você e pelo mundo nesse tempo?
por Marcos Kalil Damus
Psicólogo - Especialista em Psicopatologia e Saúde Pública - USP
MBA - Gestão de Pessoas - FGV
Consultoria em Projetos Institucionais - pacokalil@gmail.com

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa


Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira…
Quando se vê, já é Natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida…
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor, que está muito à minha frente, e diria que eu amo…
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá, será a desse tempo que infelizmente…
Nunca mais voltará.”
por Mario Quintana

a vida, a mãe natureza

sexta-feira, 3 de julho de 2009

uma reflexão


“... cada um de nós é uma biografia, uma história, uma narrativa singular que, de modo contínuo, inconsciente, é construída por nós, por meio de nós e em nós, por meio de nossas percepções, sentimentos, pensamentos, ações e não menos importante, por nosso discurso, nossas narrativas”.

Oliver Sacks, 2000

A Beleza dos Dias Comuns - Luís Eduardo Machado


No final do dia, o marido se dirige à esposa e diz: "Hoje foi um daqueles terríveis dias comuns". Acho muito interessante como temos uma visão errada sobre os "dias comuns". Dias comuns são aqueles dias em que tudo foi exatamente como sempre havia sido antes. Normalmente eles são reconhecidos como tediosos e maçantes. Prefiro observar os "dias comuns" de forma diferente (até porque a maior parte dos nossos dias são "comuns", se eles forem chatos, a nossa vida tende a ser uma chatice só!).

Para mim, os "dias comuns" têm grande valor. Quer ver? Nos dias comuns eu não estou doente nem estou com dor (quando tenho alguma dor, o dia não é um dia comum). Nos dias comuns ninguém que eu amo faleceu ou está muito doente (quando alguém que eu amo está sofrendo, os dias não são comuns).
Nos dias comuns não perco o meu emprego. Nos dias comuns a minha vida não está envolvida em nenhum escândalo ou catástrofe.


Nos dias comuns as pessoas que eu amo também me amam e não estão "de mal" comigo. Nos dias comuns eu não passo fome e nem frio. Nos dias comuns eu não participo das guerras e nem vejo a morte bem perto de mim. Nos dias comuns o sol não provocou uma seca e nem a chuva provocou uma enchente. Nos dias comuns não sou assaltado nem sequestrado. Nos dias comuns os amigos não me traem. Nos dias comuns estou em paz.

Viu? Dias comuns podem se tornar tediosos, mas dias "especiais" (não comuns), podem ser muito difíceis e sofridos. Por isso, prefiro os dias comuns e escolho valorizá-los.


Há alguns dias atrás tive um problema de saúde. Passei mal e tive dor. Nesse momento, fiquei lembrando do dia anterior... um "dia comum".
No ordinário dos "dias comuns" eu vejo a mão de Deus. Por isso, sou grato pela beleza dos "dias comuns".


[Texto recebido do Carlos Eugênio Ilustração: Aliene G. Santos]

Para que Gritar? - Mahatma Gandhi

Para que Gritar?
Mahatma Gandhi

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos: - "Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ?" -
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles. - "Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?", questionou novamente o pensador. - "Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar:
"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu:
"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?" O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".



Recebido da Bia Mitchell Ilustração: Aliene

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Pérolas são feridas curadas"


Uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas.
Pérolas são produtos da dor; resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
As pérolas são feridas curadas.
Na parte Interna da concha é encontrada uma substância lustrosa
chamada Nácar.

Quando um grão de areia a penetra, as células do Nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Uma Ostra que não foi ferida de algum modo, não produz pérolas
pois as pérolas são feridas cicatrizadas.

Você já se sentiu ferido por palavras rudes de alguém?
Já pôs a sua confiança em alguém que lhe enganava?
Já foi acusado de ter dito e feito coisas que não disse e não fez?
Já foi traído a ponto de ver seus sonhos ruírem?
Você já sofreu os duros golpes do preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença e,
de algum modo, sente-se injustiçado ou prejudicado por alguém?
Então, produza uma pérola.
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente são poucas as pessoas que se interessam por este tipo de movimento.
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Na prática, o que vemos, são muitas ostras vazias.
Não porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor, e com certeza o prejuízo será somente da própria pessoa. Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes fala mais que mil palavras.

A Partir do Próximo Amanhecer

A Partir do Próximo Amanhecer
Rosalva Rela

Hoje “me dei um tempo” para pensar na vida. Na minha vida!!! Decidi então que a partir do próximo amanhecer, vou mudar alguns detalhes para ser a cada novo dia, um pouquinho mais feliz. Para começar, não vou mais olhar para trás. O que passou é passado, se errei, agora não vou conseguir corrigir. Então, para que remoer o que passou? Refletir sobre aqueles erros sim e então fazer deles um aprendizado para o “meu hoje”...

Nem todas as pessoas que amo, retribuem meus carinhos como “eu” gostaria... E daí? A partir do próximo amanhecer vou continuar a amá-las, mas não vou tentar mudá-las Pode ser até que ficassem como eu gostaria que fossem e deixassem de ser as pessoas que eu amo. Isso eu não quero. Mudo eu...Mudo meu modo de vê-las. Respeito seu modo de ser. Mas não pense que vou desistir de meus sonhos!!! Imagine!!!

A partir do próximo amanhecer, vou lutar com mais garra para que eles aconteçam. Mas vai ser diferente. Não vou mais responsabilizar a mais ninguém por minha felicidade. EU VOU SER FELIZ!!! Não vou mais parar a minha vida porque o que desejo não acontece, porque uma mensagem não chega, porque não ouço o que gostaria de ouvir. Vou fazer meu momento...Vou ser feliz agora...

Terei outros dias pela frente!!! Nunca mais darei muita importância aos problemas que não tenho conseguido resolver. A partir do próximo amanhecer, vou agradecer a Deus, todos os dias por me dar forças para viver, APESAR dos meus problemas. Chega de sofrer pelo que não consigo ter, pelo que não ouço ou não leio. Pelo tempo que não tenho e até de sofrer por antecipação, pensando sempre, apenas no pior.

A partir do próximo amanhecer, só vou pensar no que tenho de bom. Meus amigos, nunca mais precisarão me dar um ombro para chorar. Vou aproveitar a presença deles para sorrir, cantar, para dividir felicidade. A partir do próximo amanhecer vou ser eu mesmo. Nunca mais vou tentar ser um modelo de perfeição. Nunca mais vou sorrir sem vontade ou falar palavras amorosas por que acho que sei o que os outros querem ouvir.

A partir do próximo amanhecer vou viver minha vida, SEM MEDO DE SER FELIZ. Vou continuar esperando. Não, não vou esquecer ninguém. Mas... A partir do próximo amanhecer, quando a gente se encontrar, com certeza, vou te dar “aquele” abraço bem apertado, e com toda sinceridade dizer... ADORO VOCÊ e tenho muito amor para lhe dar.
Fonte: http://www.rivalcir.com.br/mensagemdia2009/janeiro30.html