Notícia
de primeira página esta semana na internet: “A pobreza infantil não é
monopólio dos países em desenvolvimento”, segundo um relatório do Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef).Os relatos são serenos e não importa
de onde venham: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador,
Cidade do México, Nova Delhi, Nova Yorque, Londres, Paris, ou em qualquer
cidade deste mundo.
Como se
acabou em um barraco feito de papelão, plástico e tecido? "Cheguei a um
abrigo aqui e daí conheci a droga e tudo isto, e já comecei a me drogar e
a ficar na rua".
Bolinhas
de papel branco impregnada em um solvente que eles chamam de "ativo",
uma mistura de substâncias derivadas do petróleo com graves efeitos para a
saúde, muito popular entre os jovens sem teto por causa de seu baixo custo
e sua facilidade para consegui-lo, assim como do cristal, da maconha, do
craque, e tantos outros que se tornam fácil adquirir após um furto, roubo...
É muito
difícil ter números precisos e confiáveis sobre quantas crianças e jovens estão
em situação de rua, por causa da particular invisibilidade e mobilidade
que os caracteriza, segundo a Unicef, e a situação é sumamente delicada
por causa das razões que se escondem por trás destes jovens sem lar, como
falta de recursos, violência familiar, abusos e discriminação, e é imensa a
necessidade de implementar políticas que ajudem as famílias a poder assumir
seus filhos antes que abandonem sua casa.
Como é
lutar e sobreviver no meio da indiferença?
Como
chegar antes do dano? O que é normal e o que é patológico? A saúde, a
vulnerabilidade, a proteção e a prevenção em níveis e desníveis que tornam
às vezes muito difícil o trabalho do profissional terapeuta, educador,
cuidador, enfim, aquele que convive com a criança e o adolescente com necessidades
especiais de saúde, atenção, autoestima, aconchego, vínculo, alimentação,
moradia, respeito, cidadania, identidade...
É preciso
Sentir, Viver e Agir como se estivéssemos no lugar deste outro ser, para que assim
as transformações aconteçam, produzindo, mesmo que lentamente, as
multiplicações no universo da criança e do adolescente, para que ele
semeie a cura em seu interior, em seu meio, unindo seus fragmentos e
possibilitando um novo ser bio-psiquico-social-espiritual com prazer de estar e
viver em sociedade.
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é
senão uma gota de água no oceano, mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota. Assim, não devemos
permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e
mais feliz.”
(Madre Tereza de Calcutá)
por
Sonia Pineda Vicente publicado em 09/06/12 em
http://cursodegruposadolescencia.blogspot.com.br
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